A deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT) não consegue esconder a indignação com fatos negativos que ganham notoriedade nas eleições deste ano - sobretudo por irem de encontro aquele PT cujos militantes se orgulhavam, ao afixarem uma estrelinha vermelha no peito, acreditando que a ideologia transitaria da teoria à prática. Depois de denunciar aqui no Universo Político.com a força do poder econômico nestas eleições, inclusive dentro do seu agrupamento, a parlamentar reprovou a atitude do presidente Nacional do PT, o ex-senador José Eduardo Dutra, suplente do candidato ao Senado Federal Antônio Carlos Valadares (PSB), que convoca o eleitor a votar em "um certo candidato petista" para deputado federal. Leia-se: Márcio Macedo, ex-presidente do partido em Sergipe e fiel aliado do governador Marcelo Déda.
"Fiz um pronunciamento lembrando ao Partido dos Trabalhadores que temos um deputado federal, o companheiro Iran Barbosa. Eu nunca vi dentro do PT candidato majoritário estar pedindo voto para proporcional. Candidato majoritário pode até emitir suas opiniões, agora, pedir voto, dizendo que tem candidato, não. Todos os majoritários precisam dos proporcionais. Pela primeira vez na história do PT estamos vendo isso. E, segundo um jornalista, o Lula também vai pedir voto para este determinado candidato. A gente perde os limites de respeito, de convivência, de disputa a partir de projeto. O poder tem que ser distribuído", observou.
Segundo Ana Lúcia, Iran Barbosa é o melhor deputado federal de Sergipe com dados concretos. "E tentam desqualificar? Como não conseguem, porque não tem como nos desqualificar, inventam mentiras contra mim e Iran. É muito ruim essa posição. Eu fui eleita pelo povo para defender a população e os princípios que aprendi no Partido dos Trabalhadores. Sou assim e continuarei assim. Espero que daqui para a próxima semana, o pleito seja um pleito onde a gente possa disputar programa, projeto, ideologia, e não um mercado onde o voto vira uma grande mercadoria", comparou.
Ana também desmentiu que o sindicalista Joel Almeida, diretor de imprensa do Sintese, esteja engajado em outras candidaturas do PT. "O companheiro Joel é o coordenador da nossa campanha. Da minha e de Iran", garantiu, observando que ventilar mentiras não é jogar limpo no campo da disputa eleitoral, que deve existir em mostrar projeto, compromisso. "Não é usar poder econômico, aparelho do Estado para enganar o eleitor, dizendo que vai dar isso ou aquilo. Deputado não vai dar nada. Deputado aqui faz projeto de lei para normatizar as regras sociais, fiscaliza, faz mediação diante dos conflitos, busca alternativa diante dos problemas, mas quem executa é o executivo, e não o legislativo", observou.
A deputada Ana Lúcia também abordou o assunto na tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão de ontem, e teve a solidariedade da oposição. "Pense? Se a deputada Ana Lúcia é aliada e está sofrendo deste jeito, imagine nós da oposição?", indagou em tom irônico o líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Venâncio Fonseca (PP), ao fazer uso da palavra após a deputada Ana Lúcia. "Não é bom nem falar. Mas vamos lá. Está chegando a hora, e, com fé em Deus, vai dar tudo certo."
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