Quem sintonizou no Programa Liberdade Sem Censura, na Liberdade FM, na manhã desta sexta-feira 13, foi surpreendido com a exibição de uma gravação de parte de um discurso do prefeito Manoel Messias, o Sukita (PSB), proferido em voz alta, ontem, em praça pública, no município de Capela, após a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores da cidade. Em um período em que o eleitor deve estar refletindo sobre a postura dos candidatos para, então, selecionar aqueles que merecem seu voto, o prefeito Sukita diz à população que um homem que preside a Assembleia Legislativa, o deputado Ulices Andrade (PDT), que recentemente foi escolhido por unanimidade pelos demais deputados estaduais para assumir uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE), é, simplesmente, "um moleque". Sukita expôs, em sua oratória, o momento de discussão que teve com o vereador Romildo (PMDB), hoje seu ex-aliado, quando, então, chamou Ulices de moleque. Veja o que ele disse: "Ele (o vereador Romildo) veio me dizer: ‘você disse que iria resolver e não está resolvendo, eu vou chamar Ulices (Andrade) aqui'. Como é rapaz? Você vai chamar Ulices. Chame Ulices. Agora, traga ele aqui para eu dizer a ele que, se ele estiver envolvido, ele é um moleque. Aí ele disse: ‘você está chamando Ulices de moleque? '. E não é não? E um cabra que anda misturado com você é o quê?", provocou Sukita, sob aplausos de aliados. Discussões à parte, resta saber se passou pela cabeça do prefeito Sukita que o mesmo Ulices Andrade "anda misturado" com o governador Marcelo Déda (PT), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB), o deputado federal Eduardo Amorim (PSC), o prefeito Fábio Henrique (PDT) entre outros homens sérios da política sergipana que formam o bloco dedista, e, por certo, não cultivariam amizade com um moleque. (Por Raissa Cruz)
Rebelião em Capela
Esta semana os vereadores Zezinho de Dr. Geraldo (PMDB), Bebe Água (PSB), Romildo (PMDB) e Ninho da Renovel (PDT) da bancada de situação do prefeito Sukita, composta de oito dos nove vereadores da Câmara, se rebelaram contra os domínios da prefeitura. Pessoas ligadas a Sukita informam que estes vereadores teriam sido influenciados pelos deputados estaduais André Moura (PSC) e Ulices Andrade (PDT), e o deputado federal Eduardo Amorim (PSC).
Rebelião em Capela II
Os vereadores decidiram realizar uma nova eleição para a Mesa Diretora do Legislativo, até então, sob a liderança da vereadora Meirinha de Nacélio (PSB). O prefeito conversou com os quatro vereadores, mas só convenceu um a mudar de idéia: o vereador Bebe Água (PSB). O suficiente para vitória de Sukita.
Rebelião em Capela III
Marcada a eleição, na sessão de ontem à noite, Sukita conseguiu não só reeleger a presidente Meirinha de Nacélio, como também abasteceu a Mesa com vereadores apenas do seu partido: Bebe Água (vice), Alexsandro Nascimento (1º secretário) e Toninho Arimatéia (2º secretário).
Ameaça de morte
A vereadora de Capela, Léa Sobral (PTdoB), pediu na manhã desta sexta-feira, dia 13, proteção à Secretaria de Segurança Pública por conta das ameaças que ela afirma ter recebido do prefeito Sukita. Léa conta que Sukita ameaçou de morte os vereadores que não votassem a favor da sua candidata à presidência da Câmara.
Ameaça de morte II
Segundo a vereadora, o prefeito ofereceu propina aos vereadores para elegerem seus candidatos à Mesa Diretora e ameaçou que "ganharia essa eleição até no tiro", se fosse preciso.
Sukita nega
O prefeito Sukita, que nega usar de ameças ou coagindo pessoas, e diz que tem compromisso com a população de Capela, avaliou que "o bom senso prevaleceu. Capela reconquistou seu prestígio político nos últimos seis anos e não poderia jogá-lo fora de uma hora para outra. O município seria desmoralizado se aceitasse a intervenção desses políticos de fora na eleição da Mesa Diretora da Câmara", disse Sukita, que viajou hoje cedo para Brasília.
De: Universopolitico.com
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