"Recuperei-me e retomei as atividades"!

No início da tarde desta segunda-feira, dia 23, o governador Marcelo Déda (PT) recebeu Universo Político.com, na produtora onde se preparava para gravar mais um programa eleitoral e comentou, entre outros assuntos, a desidratação sofrida em Pedrinhas, no último final de semana, lhe obrigando a suspender a agenda pelo interior e a situação confortável da candidata Dilma Rousseff nas pesquisas para presidente da República. Confira o governador Marcelo Déda "entre aspas":
Desidratação sofrida em Pedrinhas
"Tivemos uma agenda muito intensa no sábado, sob forte sol. Atividade de feira que envolve passeata, panfletagem, comício, carreata, etc. Aí, no final do dia, eu me senti mal. Dei uma parada já às 18h, 19h, em Boquim, e estava com sintomas de gastrenterite, tanto diarréia quanto vômitos. E avaliamos que era melhor eu suspender ali as minhas atividades. Voltei para Aracaju, e os nossos companheiros ficaram em atividades. Quando cheguei em Aracaju, a minha mulher já tinha chamado meu médico, Antônio Júnior, que ao me ver à porta de casa, disse: ‘você está é desidratado'. E diagnosticou desidratação nível dois. Aí mandou comprar aquele soro que criança toma para me desidratar. Medicou-me um remédio para náusea, e pediu descanso. Recuperei-me e retomei as atividades. Pode ter sido o forte calor ou um rota vírus, que, segundo o médico, está pegando em muitas pessoas. Os sintomas principais são disenteria e vômitos. No meu caso, não tive febre. Mas graças a Deus, deu para cumprir ¾ da agenda"
Recomendações médicas
"Ele acha que eu não estou me hidratando bem nas atividades. Não costumo fazer carretas calado. Gosto de falar com as pessoas, usar o microfone. Fazer comícios relâmpagos e, resultado: esqueci de beber água. Ele aconselhou que eu tivesse sempre uma mochila com um vasilhame de água e também recomendou tomar isotônico, para manter o organismo sempre hidratado. Orientações de cuidado".
Recepção do eleitor
"Fiquei com inveja do pessoal que ficou em Boquim. A carreata foi maravilhosa. A acolhida do povo em Propriá, em Glória também foi maravilhosa. Aliás, tem sido assim em todo lugar. Basta acessar o nosso site de campanha: tem foto, vídeo, mostrando a forma como o povo tem nos recebido. Tanto no interior quanto na capital. Eu fico emocionado com a campanha. Um calor humano imenso. E dou o melhor de mim. Então, é preciso tomar alguns cuidados. No sábado, por exemplo, sai de casa 7h30 da manha e fui almoçar 15h. E, quando a gente vai comer, come mais do que deve. Eu almocei em Simão Dias, e tinha fava, um carneirinho - e o povo de Simão Dias não é chamado de capa-bode à toa. Acho que me alimentei compulsivamente. Não parei para descansar... tudo isso deve ter feito mal, mas já está superado".
Reeleição
"Acredito que uma pessoa só deve concorrer a uma reeleição se tiver duas convicções: a primeira é a consciência tranquila de que fez um bom trabalho. De que realizou aquilo que se comprometeu e deu o melhor de si para melhorar a situação do seu povo. A segunda convicção é que o segundo governo será melhor que o primeiro. Porque se a pessoa não tiver convencida de que foi um bom governante e não tiver a vontade, a garra e a gana de fazer no segundo governo melhor do que fez no primeiro, não justifica sair para buscar o voto do povo. Por isso que, na hipótese de merecer o voto do povo sergipano, o nosso objetivo é fazer do segundo mandato, um mandato ainda melhor que esse. Até porque é um processo natural de crescimento: quanto mais tempo você permanece no governo, você conhece a máquina e tem condições de avaliar as boas políticas, analisar aquilo que não deu certo e procurar melhorar setores onde a performance não foi a que você esperou e tem também condições de chegar aonde você não teve tempo de chegar. De realizar aquele projeto que você não teve tempo de amadurecer. A minha experiência na Prefeitura de Aracaju mostra isso. Nos esforçamos para fazer um segundo mandato bem melhor que o primeiro. Se não tiver este estímulo de fazer melhor, você não tem aquela vontade efetiva de disputar a eleição".
Crescimento de Dilma nas pesquisas
"Vejo com muita felicidade a performance da Dilma. Lendo os jornais, a gente percebe que, parece, os dados indicam, que a eleição será resolvida no primeiro turno com a vitória de Dilma. Para nós, aqui no estado, há uma imensa tranquilidade: com a nossa reeleição, teremos condições plenas de garantir o apoio do governo federal à continuidade dos principais projetos que estamos executando, e a construção de novos projetos que vão dialogar, interagir, se articular, com os projetos que a Dilma tem para o Brasil. Temos, aqui em Sergipe, um dado que nos dá uma vantagem imensa: o companheiro José Eduardo Dutra sacrificou uma candidatura vitoriosa a deputado federal para ficar plenamente à disposição da candidatura de Dilma, como coordenador geral e presidente Nacional do PT. Quando Zé Eduardo fez isso, Dilma estava em segundo lugar. Serra tinha 10, 15 pontos de frente. Então, o prestígio e a força que o companheiro Zé Eduardo vai ter num governo de Dilma são indiscutíveis".
Vitória da chapa para o Senado
"Acredito. E a cada dia que passa, acredito mais ainda, porque a população vai ter a oportunidade de compreender que os senadores ocupam um papel fundamental na vida política brasileira. O Senado é a casa de representação dos estados. E é também um dos mais importantes espaços de parlamento. Quais as maiores dificuldades que Lula teve no seu primeiro e segundo mandato? Foi não ter maioria no Senado. Tinha na Câmara, mas não tinha no Senado. Então, esta instabilidade no Senado foi responsável por inúmeras crises, já que a maioria era oposição e queria desestabilizar o governo Lula. Esta experiência mostra como é fundamental Sergipe eleger dois senadores identificados com o projeto liderado pelo presidente Lula, e com o futuro governo da companheira Dilma. Quando a população tiver consciência onde estão os companheiros de Lula, os aliados de Déda, terá condições de fazer uma escolha, que signifique o melhor voto para o estado de Sergipe".

Texto: Universopolitico.com
Foto: André Moreira.