Se o governador Marcelo Déda tivesse dado a atenção devida aos que lhe levaram à vitória em 2006, numa campanha recheada de emoção, que contagiou a população sergipana, não estaria agora passando pelo constrangimento de precisar da força eleitoral do empresário Edivan Amorim.
Amorim, que vem construindo um grupo sólido desde a época do governo de João Alves, de quem era genro e aliado, liderou, já em 2008, vários políticos nas disputas nos seus municípios. Homem que cumpre a palavra assumida, Edivan se transformou num referencial para os agentes políticos sergipanos.
Ao contrário de Edivan, Marcelo Déda, mesmo com o poder do governo estadual nas mãos, não deu atenção aos seus aliados, não fortaleceu os integrantes do seu partido. Nenhuma liderança petista chegou ao Poder com a ajuda direta de Déda. Os poucos que venceram as eleições municipais o fizeram com a ajuda de outras pessoas, inclusive com a de Amorim, menos com a de Déda.
Sem prestigiar os seus “companheiros”, sem fortalecer os seus aliados, Marcelo Déda pensou que o seu governo iria ser suficiente para garantir a sua reeleição. Enganou-se. O seu governo foi um fiasco e não empolgou a sociedade. Diferentemente do que aconteceu em Pernambuco e na Bahia, onde Eduardo Campos e Jacques Wagner plainaram na reeleição, em cima de uma aprovação extremamente favorável.
Agora, depois de ganhar o governo com o esforço de Amorim, Marcelo Déda, que está com seu orgulho ferido. Ele é muito vaidoso, terá que conviver com as vontades de Amorim. A primeira delas será a presidência da Assembléia que irá para as mãos do PSC.
Restará apenas ao governador Marcelo Déda, mudar radicalmente a sua forma de fazer política e administrar o governo para concluir o seu segundo mandato com a aprovação do povo sergipano. O que será, aqui para nós, uma tarefa das mais difíceis enfrentadas por Déda, graças ao comprometimento que ele assumiu com o seu chefe político.
Texto: Emdefesadacidadania.blogspot.com
Foto: Google.
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