Moita Bonita emancipou-se politicamente da cidade de Itabaiana, em 12 de Março de 1963. Vejamos então um breve resumo de nossa política desde que nos tornamos município independente.
Em Outubro de 1963, o deputado Pedro Paes Mendonça (autor do projeto de lei que nos emancipava de Itabaiana) lançou sua candidatura a prefeito. Tinha como adversário Josias Costa – importante líder da região - que tinha o apoio de Euclides Paes Mendonça – irmão e rival de Pedro.
Então Pedro derrota Josias Costa e torna-se o primeiro prefeito de Moita Bonita e assim governa de Novembro de 1963 à Maio de 1964, quando retorna ao Legislativo Estadual, usando seu direito de opção.
Assume em seu lugar o Presidente da Câmara Municipal , vereador José Costa (seu Juca) – irmão e adversário de Josias Costa - que governa de 1964 a 1966, quando renuncia para concorrer as Eleições de 1967, sabendo que enfrentaria um candidato apoiado por Josias.
Assume o vereador João Ferreira Lima (seu Ariston), que foi interventor no período de Janeiro e Fevereiro de 1967.
As eleições chegam e José Costa sai derrotado para José Barbosa de Oliveira, que com a base de apoio de Josias, realiza sua gestão de 1967 a 1968, quando renuncia.
Assume João Neres de Andrade que fica entre 1968 e 1970.
Josias Costa então sai vencedor na próxima eleição e governa de 1971 a 1972.
Seguindo com os pleitos, dessa vez o vitorioso é José Barreto de Souza (seu Zezé), integrando o grupo de Josias Costa, administra de 1973 a 1976.
Josias vence mais uma vez e passa agora a comandar Moita Bonita de 1977 a 1982.
Na outra disputa quem sai vitorioso é Manoel Batista Santos (Manoel Sindô), aliado de Josias na época, administra de 1983 a 1988.
João Bosco da Costa, filho de Josias administrou Moita Bonita de 1989 a 1992, conseguindo sua vitória, logo após a administração de Manoel Sindô.
Quem volta à prefeitura agora é José Barreto de Souza (seu Zezé), que apoiado pela Família Costa, governa Moita Bonita de 1993 a 1996.
Em 01 de Junho de 1995, aos 76 anos, morre Josias Costa, principal líder político de Moita Bonita.
Então, Bosco, seu filho, torna-se o maior líder político do município, quando em 1996 apoiou sua irmã Lêda Maria Costa Barreto, que seguiu os passos de seu pai e seu irmão e após várias legislaturas como vereadora, vence e governa de 1997 a 2000.
Em meados de 2000, Lêda renuncia e assume seu irmão, o vice-prefeito Marcos Antônio Costa, que vence as eleições do mesmo ano e ao lado de José Barreto de Souza (seu Zezé) vence o advogado Jorge Ferraz e Jailton do Capunga e continua governando até 2004.
Em 2004, a Família Sindô rompe politicamente com a Família Costa, devido a um acordo não cumprido entre ambas, sobre a cabeça de chapa do grupo nas Eleições daquele ano. Bosco lança a candidatura de sua filha Glória Grazielle da Costa, que nunca tinha assumido nenhum cargo público e entrava na política naquele ano; derrota então Fabinho Sindô e Jorge Ferraz, comandando o executivo de 2004 a 2008.
Derrotando em 2008 os irmãos Edmilson Sindô e Fabinho Sindô, Grazielle está exercendo seu segundo mandato, de uma forma desastrosa, jovem sem perfil político, que recentemente publicou em seu blog pessoal que "me despedirei no final desse ano da política, gostando muito menos dela, do que há oito anos". Seu vice-prefeito é Paulo Barbosa de Mendonça (Paulo do Oiteiro).
Este ano, Moita Bonita se apresenta com três candidatos: a situação com Marcos Costa, ex-prefeito, que teve sua gestão voltada para a realização de festas e a manutenção de um time de futsal. Após sua administração de 2000 à 2004, apagou-se da política local e nestes oito anos de governo Grazielle e Paulo, não foi destacada nenhuma benfeitoria sua em relação à cidade. Ah, ele não estava no poder! Mais adiante irei explicar que é possível trabalhar sem a prefeitura. Seu vice é o ex-vereador Antônio Costa (Tonho de Pedro), que atuou no parlamento por quatro legislaturas, na oposição.
A oposição com Edmilson Sindô, líder político de atuação, que através de uma Associação de Moradores Carentes, desde que rompeu com os Costa, adquire junto com a presidência do órgão emendas de beneficiamento à população, como entrega de alimentos e medicamentos e marcação de consultas e exames, mensalmente, bem como a aquisição de um trator e um carro-pipa, que atende a agricultores da zona rural. Trabalho este graças a parceria com os deputados André Moura e Angélica Guimarães, o senador Eduardo Amorim e Antônio Passos, quando parlamentar. Sua vice é a professora Maria José de Ariston, figura de destaque na educação de nossa cidade e com uma ligação muito forte no quadro religioso-católico de Moita Bonita.
Uma 3ª via surge; o cabeleireiro Gilelson, ao lado do jovem Gilmar, ambos iniciam sua trajetória política esse ano; não podemos destacar nenhum serviço prestado a população.
Comparemos o histórico dos candidatos. Vejamos que há exatos 45 anos, convivemos com uma família que administra nosso município e que se apoderou da "casa do povo" como se fosse deles. Não é questão de paixão política, é questão real a ser vivenciada. Só poderemos ver nossa cidade no rumo certo se compararmos um e outro. Não é aceitar e se acomodar com quem está. É necessário transformação, educação de qualidade, emprego para a juventude, que anseia por oportunidades, realização de obras que deem assistência aos diversos povoados que se encontram abandonados, revitalizar a saúde pública, reorganizar o calendário de eventos, resgatando a cultura, fortalecer o parceria com o Estado para melhoria da segurança,enfim... Basta pararmos para pensar e analisar e veremos que nada está como devia! Vamos acordar Moita Bonita, precisamos de mudança e esta mudança só depende de você, cidadão de bem, que pode contribuir para a melhoria de nossa cidade. Não paremos mais no tempo; ACORDEMOS! Transformando, comparando e vivenciando um novo traço político em MOITA BONITA!
Por: Geovane Alves